O aço inoxidável revolucionou a indústria desde que foi descoberto por Harry Brearley (1871-1948), no início do século XX. À princípio usado para fabricação de talhares, uma vez que esse material não reagia aos ácidos presentes em muitos alimentos, o inox passou a ser utilizado em larga escalas em diversos segmentos, como laboratoriais, hospitalares, automotivos, navais e construção civil no geral. Isso se deve à sua principal característica: a resistência à oxidação.
Apesar do nome indicar sua mais importante propriedade, uma das grandes dúvidas de quem adquiri equipamentos em aço inox é se ele de fato pode ou não enferrujar.
Para entender com clareza se o processo de oxidação pode correr com o inox, é preciso entender antes de tudo do que se trata esse conceito.
Oxidação, ferrugem e corrosão
Processo natural que ocorre no aço, a oxidação acontece quando há contato com o oxigênio ou com a água, sendo a primeira etapa de desgaste do material. Depois vem a corrosão e, por fim, a ferrugem.
A corrosão é a exposição das camadas do aço conforme a sua degradação, deixando cada vez mais à mercê do oxigênio. Caso nada seja feito, e uma vez corroídos, os equipamentos começam a apresentar hidróxido de ferro, a ferrugem. Visível – e bem conhecida – camada avermelhada e alaranjada, mostra que a resistência do metal já foi comprometida, podendo a peça ser até inviabilizada para o uso.
Quando o material começa a oxidar, deve ser tratado rapidamente para evitar que avance etapas e torne a peça irrecuperável. Para impedir o contato do aço com o oxigênio, são necessárias proteções, como a pintura.
Optar por materiais em aço inox evita o uso de qualquer auxílio para evitar a corrosão, bastando a boa conservação do equipamento para garantir uma duradoura vida útil.
O aço inox
O segredo do inox está na sua composição, sobretudo na presença do cromo, responsável por criar uma fina proteção, chamada de camada passiva, que protege o aço do contato com o oxigênio, aumentando a sua durabilidade. Essa camada revitalizasse mesmo quando danificada, bastando o próprio contato com o oxigênio para que isso ocorra, ou seja, além de ter uma excelente ação protetiva, ela é auto regenerativa.
Essa característica permite que o aço inox seja a matéria-prima tanto de uma colher, como de uma peça de navio que estará em constante contato com a água. Em regiões litorâneas, com forte ação da maresia, o inox também é recomendado, por proporcionar maior vida útil a equipamentos, como corrimão e guarda-corpo inox.
Diferentes tipos de inox são fabricados hoje em dia, que variam em sua composição de cromo e níquel. Quanto maior a quantidade desses e outros elementos, maior a sua resistência. Por isso, existem os aços da linha 200, 300 e 400, conhecidos também como austeníticos, ferríticos e martensíticos.
Mas, afinal, o inox enferruja?
A resposta ideal é não, mas é possível que isso aconteça caso ocorra o mau uso. E quando o inox pode enferrujar? O que pode acontecer, por exemplo, é que um elemento externo enferrujado entre em contato com a camada passiva do inox contaminando-a, formando aquele aspecto conhecido por todos. Se isso ocorrer, é possível a sua recuperação com produtos específicos presentes no mercado.
No entanto, a depender do tipo escolhido de aço inox e a sua aplicação, a oxidação pode acontecer. Para isso é preciso entender os tipos de cada aço inox, e um profissional da área poderá orientar a escolha correta para cada necessidade.
E também se houver má conservação ou uso de produtos indevidos no momento da limpeza, a camada passiva do inox sofrerá danificação.
Preservar o inox é o melhor caminho
Para aumentar a durabilidade do inox existe uma fórmula mágica: a limpeza. Sabão neutro e água é a composição para deixar a peça sempre como nova, e livre de possíveis agressões à sua camada passiva.
Um exemplo muito comum de contaminação do aço inox é quando há a presença de outro tipo de aço, como o carbono, e partículas desse material entra em contato com o inox. Quando não há limpeza, os fragmentos podem iniciar o processo de oxidação.
Por exemplo, agentes mais agressivos ao inox, como o cloro, devem ser rapidamente removidos do produto, enxaguando com água em abundância. É importante lembrar que esponjas de aço metálico jamais devem ser usadas no inox, pois atacam a manta protetora do aço.
Conclusão
Estética, maleabilidade e sua higiene são outros pontos importantes que fazem do aço peça fundamental na indústria de todo o mundo. Mas, mesmo com sua alta durabilidade, o inox pode não resistir ao mau uso. Por isso, a limpeza deve ser rigorosa para conservação da peça em inox. E sua limpeza é prática, sem exigir grades esforços ou produtos específicos. Basta sabão neutro e água para dar solução há muitos problemas que podem ocorrer.
Mas lembre-se: é sempre bom contar com orientação profissional para evitar riscos de se escolher o tipo de inox errado para a aplicação de um equipamento, e ter problemas futuros com oxidação. Áreas de piscinas, fornos, frigoríficos, ambientes externos ou internos, regiões litorâneas, indústria alimentícia, laboratorial ou hospitalar; todas tem suas particularidades, e devem ser analisadas no momento da confecção do material inox.
A Projinox conta com uma equipe técnica especializada no ramo de aço inoxidável que garante a solução ideal para atender projetos de alta complexidade. Com 20 anos de atuação no segmento, tornou-se referência de mercado, seja por sua versatilidade no atendimento, seja por sua tecnologia de ponta.
Cases como aeroporto de Florianópolis, e as linhas Amarela e Lilás do metrô, são projetos atendidas pela empresa, a qual conta com alcance nacional, e que segue com rigor os critérios de segurança estabelecidos pelos órgãos reguladores de cada segmento, como as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para produtos voltados à construção civil, ou Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para equipamentos da área alimentar e da saúde.
